As várias opções na Renda Fixa com a baixa dos juros

Esse texto faz parte do Relatório Executivo da GO Associados de 16/10/2017

Gustavo Cunha[1]

“Com a queda da taxa de juros, qual o melhor investimento de renda fixa?”

Primeiramente, muito obrigado pela sua pergunta. Minha resposta direta para sua pergunta é: depende. Explico: renda fixa é uma categoria muito ampla, que vai desde fundos DI e Tesouro Selic, que têm baixo risco e baixa volatilidade, até fundos de investimento com títulos de alto risco de crédito na sua carteira e Tesouro IPCA principal, que têm alto risco e podem ter volatilidade similar a algumas ações (renda variável), passando por Letras de Crédito Agrícola (LCAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e debêntures.

Além disso, tudo também depende para que você está guardando o dinheiro. Costumo separar os investimentos em três caixinhas: emergência, aposentadoria e diversas. Na emergência, os investimentos têm que ser de curto prazo e com liquidez imediata.

Na aposentadoria é o oposto. Títulos longos e possivelmente com baixa liquidez, CRIs, CRAs, debêntures e fundos multimercados entram nessa categoria em geral. Os diversos são o meio do caminho, que vai de planos para uma viagem até separar um dinheiro para pagar a faculdade dos filhos. Nesse caso, os investimentos pedem mais para a caixinha emergência ou aposentadoria, dependendo principalmente do prazo para alcançar essa meta e capacidade de poupança.

No caso da “caixinha” de emergência, a recomendação não muda com a queda dos juros, ou seja, fundos DI de baixa taxa de administração, Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária indexados ao CDI. A ideia aqui é ter um dinheiro onde não haja penalidade alguma para sacar caso seja necessário.

Na caixinha de aposentadoria, aqui valeria colocar um pouco mais de risco para aproveitar o cenário benigno que estamos enfrentando e que deve continuar, mas também não muito porque indefinições vindo do campo político com a eleição no ano que vem podem mudar o cenário drasticamente. Aqui, o conselho seria ter uma parcela considerável em fundos multimercado independentes e que já tenham um histórico longo o suficiente para que se possa confiar nas atitudes tomadas pelo gestor em momentos de crise.

Além disso, títulos públicos ou privados de baixo risco atrelados à inflação e fundos imobiliários da categoria “tijolo”, ou seja, fundos que são detentores de imóveis para aluguel, também deveriam fazer parte dessa carteira.

Quanto aos diversos, aqui vai depender da meta, mas minha recomendação é que a alocação seja um misto entre o que se utilizou na emergência e na aposentadoria.

Caso ainda tenha alguma dúvida relativa à resposta acima ou referente a planejamento financeiro, por favor entre em contato pelo: contato@finlab.com.br

 

[1] Sócio da FinLab/Bom de Bolso, parceira estratégica da GO Associados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *